terça-feira, 23 de maio de 2017

Palestra com Sarái Sánchez de Léon


Sarái Sánchez de Léon ministrou uma palestra durante a aula de Metodologias de Ensino, na Universidade de Caxias do Sul, no dia 22 de maio de 2017, complementando nossos estudos em relação a esse tema, e para que pudéssemos compreender melhor qual é o papel do educador e da escola na Pedagogia de 
Waldorf.  

Imagem: Sarái Sanchez de Leon
                             Créditos: Autoras do blog (maio 2017)

Biografia:       

Psicóloga;
Especialização em educação com crianças com deficiência;
Mestrado em Educação;
Suas pesquisas foram em relação ao autismo e a educação inclusiva (especialização);
Reside no Brasil desde 2009.
Atualmente é Coordenadora na empresa Centro Dia Caxias CDC e Docente na empresa UCS.   


Durante a entrevista destacamos alguns pontos importantes da fala de Sarái. 


Surgimento das Escolas Waldorf

Steiner acreditava numa mudança social, por isso criou essa pedagogia extremamente complexa que volta seus princípios para a Antroposofia e a autoeducação do docente.


Primeira Escola Waldorf em Stuttgart (1919)

Fonte:http://counselling-soniahomrich.blogspot.com.br/2016/08/verso-da-fundacao-da-escola-waldorf-1.html. (maio de 2017)


Stuggard, Alemanha. Fábrica Waldorf. Astoria.        

Depois da 2ª Guerra Mundial foram proibidas as escolas Waldorf, pois a ideia era formar crianças para a guerra e não crianças livres, deste modo ficaram apenas algumas escolas clandestinas cultivando esse método.

Observação destacada: nas salas das escolas Waldorf cada turma tem aproximadamente 20 alunos, de diferentes idades, sendo que as crianças vão a escola somente a partir dos 3 anos de idade.  

Sarái destaca,  para fazermos algo totalmente diferente, como a Pedagogia de Waldorf é necessário que se passe por um processo de desconstrução, deste modo ela não vê possibilidade  de implantar uma  pedagogia Waldorf em uma escola tradicional, para implantar esse método deve ser criada uma escola Waldorf, pois, a educação nessa perspectiva começa desde o nascimento da criança, de modo que os pais ficam com elas até os três anos, só  depois  vão para a escola.  


Professores, pais e alunos são um só, e a escola é vista como uma segunda casa. Nessa pedagogia fica nítida a participação da família na escola, na educação dos filhos, visto que,  esse método se opõe a educação infantil em escolas antes dos 3 anos de idade, já que, não existem escolas 
Waldorf de turno integral.

No Brasil é possível localizar 100 escolas Waldorf cadastradas.

Os princípios dessa Pedagogia foram fundamentados nas ideias de Rudolf Steiner. Esse método trabalha com as seguintes questões:


  • Antroposofia;        
  • Agricultura biodinâmica;
  • Medicina Antroposófica;
  • Euritmia;
  • Autoridade não imposta;
  • Não utilização de livros didáticos.

Vamos compreender o significado desses princípios?

A Antroposofia é uma ciência espiritual, e não uma religião. Por meio da razão procura-se responder as perguntas mais profundas do homem;

Considera-se o homem uma síntese de todo o universo, dimensão que permeia e transcende a física;

O princípio de autoridade não imposta visa o disciplinamento não pela imposição mas por uma negociação;


Segundo Steiner, o ser humano tem três corpos, três nascimentos que dividem-se em:      

Físico, Vital e Corpo das Sensações.

Deste modo, dos 0 aos 7 anos: "Corpo Físico": é o período do corpo físico, e nesse época a criança aprende somente por imitação, sendo o docente o modelo para a criança.  Nessa faixa etária trabalha-se o movimento, o físico, o abstrato e a lógica e a alfabetização não são introduzidos antes dos 7 anos de idade.

Os brinquedos são paus, panos, tocos de madeira, para que assim ocorra um estímulo a imaginação. Não são utilizados brinquedos industrializados.

Durante o "nascimento" Vital o ser humano tem consciência das suas experiências e durante o "nascimento" Corpo das Sensações ( na puberdade) liberta-se o corpo astral e nessa época destaca-se termos como a razão e a individualidade.    

Dos 7 aos 14 anos de idade: "Corpo Vital":  destacam-se  a autoridade natural, a disciplina, hábitos, ideias e o respeito pelo educador;

Já dos 14 aos 21 anos de idade: "Corpo Sensorial": tornam-se indivíduos livres e conscientes,m eles começam a ter mais de um professor. Destacam-se os trabalhos de visam a escrita, o ensaio, e as pesquisas.


Elementos Básicos da Pedagogia de Waldorf:
  • Iniciar com atividades rítmicas de 20 minutos;
  • Pensar e trabalhar com atividades que trabalham com abstrato;
  • Repetição rítmica, línguas, educação física, música, euritmia (apresentação de escola uma vez por mês) e esportes, sendo que a prática esportiva não prioriza a competitividade
  • Experiências, oficinas  e artesanato.         
  • Natureza

Avaliação na Pedagogia de Waldorf

Não é de cunho classificatório, visando sempre a participação  dos alunos e o desejo em aprender. Deste modo, a avaliação é um processo contínuo, de maneira que avalia-se o cotidiano e acompanha-se os portfólios. 

Para saber mais como foi a palestra, disponibilizamos à seguir  um vídeo com um trecho da entrevista. 
Vale a  pena conferir! 




Referência  Bibliografica:

Disponível em: http://counsellingsoniahomrich.blogspot.com.br/2016/08/verso-da-fundacao-da-escola-waldorf-1.html Acesso em: 27 maio 2017

domingo, 21 de maio de 2017

Reflexões sobre o método de Fernand Deligny

Reflexões a respeito da Pedagogia de Fernand Deligny   

Como já vimos no post anterior, Deligny foi um pedagogo que trabalhou e prol daqueles que viviam à margem da sociedade da sua época, defendia e lutava pela inclusão, e principalmente pelas pessoas com autismo. Nos dias atuais com o avanço da medicina e da tecnologia, sabe-se que muitas das síndromes que são conhecidas e estudadas hoje, não eram conhecidas ainda nos anos que Deligny atuou como pedagogo. Você acha que na atualidade o método utilizado por ele, ou seja, através da cartografia pode-se melhorar a vida das crianças com outras síndromes encontradas dentro da sala de aula com muita frequência?




Fonte:https://www.google.com.br/search?q=emoticon+pessoa+pensando&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwjSpIHZ48fUAhWCE5AKHSnfA_cQ_AUICigB&biw=1024&bih=662#imgrc=wlNNSw4r4cFh8M: (maio 2017)

segunda-feira, 15 de maio de 2017

Deligny e o Método Cartográfico


Olá, Você já ouviu falar em um método que remeta as palavras abaixo?


Linhas de Erro: agir autista;      

Rede disciplinada, repetitiva e ordenadas;


Em vez de intervir diretamente, propôs que as pessoas se afastassem e tentassem apenas traçar os movimentos das crianças autistas

Não se trata de interpretar o comportamento das crianças, mas de identificar/ localizar espacialmente; 

Centros de significância territorializantes; 

Cartografia é componente integrante do processo de territorialização; 

Cartografia como método de organização do trabalho pedagógico; 

O espaço se torna território, um corpo comum, graças ao traçar;



Mapas;          
Códigos;
Símbolos;

Alcançar o ver autista, ver, identificar, localizar, tudo aquilo que atrai a criança autista e a conecta a atividades);


Subjetividade (para alcançar o nível impessoal e infinitivo do autismo; traçar sem fim, traçar por traçar); 

Homem ‘normal’, ‘são’ (para alcançar um território comum, um Nós comum, dividido por pessoas ditas normais e pessoas autistas); 

Linguagem discursiva (para alcançar uma linguagem comum não verbal: linguagem do traçar).



O método que aborda todos esses conceitos é o método cartográfico de Deligny. Vamos conhecer um pouco mais obre esse assunto?

Fernand Deligny (1913-1996)  

pedagogia de Fernand Deligny é pouco conhecida no Brasil, sendo que apenas um livro foi traduzido no país em 2015, a maioria dos periódicos de Deligny encontram-se na língua francesa. Porém suas pesquisas acabam tomando outra dimensão ao longo do tempo,devido ao fato de elas serem voltadas para o tema de inclusão e educação especial.

Diversas áreas como: filosofia, educação, arte e literatura fundamentaram seu ato pedagógico. Durante cinquenta anos trabalhou em pesquisas direcionadas a crianças e jovens autistas, pessoas consideradas a parte da sociedade, dementes. O trabalho desse pedagogo foi dividido em duas etapas.

A primeira delas iniciou em 1938 e se estendeu até 1965. Durante esse período,ele realizou trabalhos pedagógicos em meio a segunda guerra mundial no “hôpitalpsychiatriqueà Armentières e nomeou sua experiência como la grande cordée, relacionando o termo corda com cooperação. Deste modo, guardas e cuidadoras colaboravam com as atividades cotidianas relacionadas a arte, escrita e leitura, retirando o foco patológico e inserindo uma responsabilidade coletiva junto ao processo pedagógico inserido. 

Já em 1967 iniciou-se a segunda etapa de seu trabalho, (sendo este denominado como “aracniano”)realizado na França, mais especificamente na região de Cévennes. Sua denominação derivou de estudos na área de etnologia a respeito do estudo das aranhas.

Já seu conceito tem por finalidade referir-se à aspectos de coletividade, realizando-se assim trabalhos coletivamente com crianças e jovens autistas, assim como suas famílias e os educadores, sendo que todos eles viviam no mesmo espaço rural, porém dividido em acampamentos.   

Deste modo, a ideia era formar uma “teia” coletiva que vivesse próxima as crianças autistas para poder acompanhar os diferentes comportamentos e desenvolvimentos das pessoas denominadas assim. Para isso, foram utilizados como instrumentos registros topográficos, sendo estes constituídos respectivamente por mapas comportamentais desses indivíduos, símbolos e glossários, assim como as “linhas de áreas de estar” que apontavam o funcionamento das crianças e jovens observados.

Sendo assim, Deligny utilizou a cartografia como método de organização de seu trabalho pedagógico, constituído por mapas e símbolos que identificavam e caracterizavam os comportamentos das pessoas autistas, linguagem, enfim aspectos que pudessem descrever a nomenclatura acima. 

Deste modo, a pedagogia de Deligny procurou investigar, observar, e não acomodar-se diante do diferente. Seus pensamentos são críticos e opostas às ideias de adaptação impostas pela sociedade de controle, de consumismo, realizando assim, durante meio século investigações e experiências pedagógicas de extrema relevância contraditórias as de adaptação inseridas pela sociedade, voltadas para aspectos patológicos e biológicos.

Fernand Deligny (1913-1996)
Fonte: http://www.editions-arachneen.fr/?p=1625 (maio de 2017)




Referências Bibliográficas:


Disponível em: http://www.editions-arachneen.fr/?p=1625 Acessado em: 21 de maio de 2017;




MATOS, Sônia Regina da Luz. Os educadores franceses Célestin Freinet e Fernand Deligny. Revista Iberoamericana. http://seer.fclar.unesp.br/iberoamericana;


MIGUEL, Marlon. Guerrilha e resistência em Cévennes. A cartografia de Fernand Deligny e a busca por novas semióticas deleuzo-guattarianas. In: Revista Trágica: estudos de filosofia da imanência -1º quadrimestre de 2015 - Vol. 8 - nº 157. Disponível em: >http://tragica.org/artigos/v8n1/miguel.pdf< Acessado: em 13 de maio de 2017; 

domingo, 14 de maio de 2017

Pedagogia de Waldorf

Olá, 

Você já ouviu falar da Pedagogia de Waldorf? 


Fonte: https://pt.slideshare.net/RenataAndrade/pedagogia-waldorf-18416714 (maio de 2017)

    

Sua ideias baseiam nos fundamentos descritos por Steiner;
Elas remetem a temas como: liberdade, autoeducação,desenvolvimento biológico, desenvolvimento físico, espiritual, intelectual e artístico dos alunos.
Deste modo cada indivíduo parte do estágio onde se encontra.
As atividades propostas não são obrigatórias, as crianças são convidadas a participar das atividades.

Que tal assistirmos um vídeo para compreender melhor  seus fundamentos?




Referência Bibliográfica: 

JUNIOR, Jonas Boch; STOLTZ, Tania; DA VEIGA, Marcelo. Autoeducação e Liberdade na Pedagogia de Waldorf. In Educação: Teoria e Prática. Rio Claro. Vol. 23,  n.42,  p. 161-175. Jan-Abr. 2013;



sábado, 13 de maio de 2017

Reflexões a Respeito da Pedagogia de Waldorf

Olá!
Que tal refletirmos um pouco sobre a pedagogia de Waldorf?   

pedagogia Waldorf procura criar indivíduos livres, competentes e responsáveis. Na sociedade em que vivemos hoje, onde tudo é moralmente regrado será que é possível educarmos nossos alunos para que possam viver desta forma, sem correr riscos de sofrer por algum tipo de preconceito por suas escolhas? 



domingo, 7 de maio de 2017

Ilustrações de Salas Montessorianas


Salas Montessorianas  

Em uma escola Montessori o ambiente é um local acolhedor para a criança, sendo assim é levado em conta tanto a decoração da sala como também os materiais adequados para o desenvolvimento das crianças.


Fonte:https://www.google.com.br/searchq=metodo+montessori&source=lnms&tbm=isch&sa=X&sqi=2&ved=0ahUKEwiDx7qIjt7TAhXLDZAKHXTIDwQQ_AUIBigB&biw=1517&bih=735#tbm=isch&q=sala+montessorianos&imgrc=FXfEtS_x8qMNkM. (maio de 2017)




Fonte: https://www.google.com.br/searchq=metodo+montessori&source=lnms&tbm=isch&sa=X&sqi=2&ved=0ahUKEwiDx7qIjt7TAhXLDZAKHXTIDwQQ_AUIBigB&biw=1517&bih=735#tbm=isch&q=sala+montessorianos&imgrc=v3ybcUBdOxteSM (maio de 2017)





Fonte: http://edinfantil1986.blogspot.com.br/2013/09/metodo-montessori.html. (maio de 2017)